Governador quer oxigenar PSB em Garanhuns

Antônio João Dourado

Há pelo menos 11 anos o PSB de Garanhuns não elege sequer um vereador. A vitória mais recente na memória do partido naquela cidade data o ano de 1996, quando foi eleito o prefeito Silvino Duarte, e, mesmo com todo o esforço do então governador Miguel Arraes, nenhum vereador à época chegou a ocupar uma vaga na Câmara Municipal.

De lá para cá, o PSB tem sofrido um esvaziamento naquela cidade. Só para ter uma ideia, atualmente, a Câmara Municipal tem onze vereadores, dos quais um apenas é filiado ao partido, mas que não foi eleito pela sigla do governador Eduardo Campos, vale lembrar.

Devido a essa situação, Eduardo teria sido obrigado a recorrer a Antônio João Dourado para tentar renovar a legenda por lá e se fortalecer nas próximas eleições. Apesar de ser um nome de fora, Antônio João é considerado articulador e um bom administrador, afora, ser um homem da confiança pessoal de Eduardo.

Dizem, inclusive, que outro desejo do governador é alterar a atual Comissão Provisória de Garanhuns, considerada fraca, mas que Eduardo tem levado o assunto com muito jeito devido a relação com o presidente da Comissão, Ivan Rodrigues da Silva. Ele é um senhor de mais de 80 anos e com um currículo de trabalhos prestados ao partido, tendo um histórico de estreita relação com o seu avô, ex-governador Miguel Arraes.

Essa atual Comissão não estaria a contento de Eduardo, que quer imprimir outro ritmo ao PSB de Garanhuns, oxigenando os quadros por lá. Eduardo sabe que tem potencial para tanto, haja vista ter sido eleito governador com o apoio de mais de 90% do eleitorado de Garanhuns e é justamente esse eleitorado que ele não quer perder.

Nos bastidores, as forças políticas da cidade chegam a dizer que a Comissão Provisória não tem interesse na renovação dos quadros partidário e que se fecha para novas lideranças. Isso porque temeria perder espaço político. O assunto parece ter chegado aos ouvidos do governador, que também não estaria satisfeito com o fato dessa Comissão não seguir a sua cartilha, podendo, inclusive, lançar Nivaldo para 2012.

*Colaboração Rivânia Queiroz